Técnico Traído pela Diretoria e Futuro Incerto dos Goleiros

Antônio Oliveira, técnico do Corinthians, descobre que sua confiança em Carlos Miguel pode custar caro, enquanto Marcelo Grohe é oferecido ao clube em meio à turbulência.

Antônio Oliveira, técnico do Corinthians, vive dias de frustração após descobrir que a diretoria não foi totalmente transparente sobre a situação dos goleiros do clube. O presidente Augusto Melo garantiu ao treinador que o ciclo de Cássio havia terminado e que Carlos Miguel receberia total apoio como novo titular. No entanto, não mencionou que a multa rescisória de Carlos Miguel é consideravelmente baixa para os padrões europeus, o que pode resultar na perda do goleiro em breve.

A multa de Carlos Miguel está fixada em apenas 4 milhões de euros (R$ 22,9 milhões), um valor irrisório para um goleiro titular de um clube de tamanha importância como o Corinthians. A direção anterior, sob o comando de Duílio Monteiro Alves, negligenciou a possibilidade de Cássio deixar o clube e a subsequente valorização de Carlos Miguel.

Os agentes Gilmar Veloz, Kia Joorabchian e Giuliano Bertolucci estão em avançadas negociações para transferir Carlos Miguel ao Nottingham Forest, com o West Ham também demonstrando interesse, embora oferecendo um salário menor.

Enquanto isso, a administração de Augusto Melo enfrenta uma crise política grave, exacerbada pela saída da patrocinadora Vai de Bet, que rescindiu o contrato de R$ 370 milhões devido a uma investigação policial envolvendo corrupção. A ameaça de impeachment paira sobre Melo, e a situação financeira do clube está crítica, com uma dívida de R$ 2,2 bilhões e incertezas sobre o pagamento dos salários dos jogadores.

Dentro desse cenário conturbado, Fabinho Soldado, executivo do clube, comunicou a Oliveira sobre a oferta de Marcelo Grohe, ex-goleiro do Grêmio, atualmente sem clube após deixar o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Com 37 anos, Grohe é visto como uma alternativa melhor que o jovem Matheus Donelli, de 22 anos, embora não seja a solução ideal para o técnico.

A tensão no Parque São Jorge aumenta, com Carlos Miguel certo de que sua saída é iminente, mas aconselhado a continuar treinando e jogando até que a transferência seja oficializada. Antônio Oliveira, sentindo-se traído pela direção, vê seu “goleiro de confiança” prestes a partir, deixando o futuro do time ainda mais incerto em meio a uma crise que parece longe de acabar.

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