Moro Comemora Manutenção de Mandato e Critica Governo Lula

Senador elogia decisão do TSE como ‘técnica e independente’ e agradece apoio de Bolsonaro.

O senador Sergio Moro (União-PR) manifestou satisfação com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que manteve seu mandato, destacando o caráter “técnico e independente” do julgamento. Em declaração nesta quarta-feira (22), Moro repudiou as acusações de cassação como “falsas e mentirosas”. Aproveitou a ocasião para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e expressar gratidão ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que tentou impedir novos recursos contra a absolvição.

Após o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que absolveu Moro, Bolsonaro e senadores do PL solicitaram que não fossem interpostos recursos contra a decisão. No entanto, a sugestão não foi acolhida pelas lideranças do PL no Paraná. “Faz um bom tempo que não falo com o presidente Bolsonaro, mas agradeço o gesto público”, afirmou Moro.

Moro também fez duras críticas ao governo Lula, mencionando aumento de tributos e da dívida pública, e reafirmou sua postura como opositor, comprometendo-se a apoiar candidatos que possam vencer a atual gestão. O senador negou intenção de candidatar-se à Presidência em 2026, declarando apoio ao governador Ronaldo Caiado (União-GO) para uma eventual candidatura.

Cassação Negada

Sobre a decisão do TSE, Moro reiterou a isenção do Tribunal e evitou comentar se a decisão poderia reduzir tensões entre a oposição no Congresso e o Judiciário. “Temos que nos orgulhar do nosso Judiciário que mostrou independência”, disse.

Desde o ano passado, parlamentares da oposição têm se mobilizado em defesa de pautas que visam reduzir os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse movimento, que inclui o bloqueio de votações importantes, ganhou força no final de setembro de 2023, especialmente em resposta ao julgamento sobre a descriminalização do aborto. Outros temas que provocaram manifestações dos parlamentares incluem a criminalização do porte de drogas, o marco temporal das terras indígenas e a retomada da contribuição sindical.

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