Números alarmantes revelam situação crítica da doença no país, superando registros dos últimos anos.
O Brasil enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, com o registro de mais de 4 milhões de casos prováveis de dengue em menos de quatro meses. Este número impressionante ultrapassa a soma dos casos dos últimos três anos, evidenciando a gravidade da situação. Além disso, as autoridades confirmaram 1.937 mortes relacionadas à doença, enquanto outras 2.345 estão sob investigação.
Este ano, o Brasil já bateu recordes alarmantes tanto em números de casos prováveis quanto em óbitos causados pela dengue. O pico anterior de mortes havia sido em 2023, com 1.179 registros, enquanto o ano com o maior número de casos era 2015, com 1.688.688 ocorrências.
A distribuição geográfica dos casos revela que São Paulo lidera em número de óbitos em 2024, com 468 registros, seguido por Minas Gerais (318), Distrito Federal (290), Paraná (221) e Goiás (137), totalizando 73% do total de óbitos. As regiões Sul e Sudeste acumulam o maior número de casos e mortes, enquanto o Nordeste e o Norte apresentam os menores registros.
O Distrito Federal destaca-se como a unidade da federação com a maior taxa de incidência de casos prováveis, atingindo 8.507,9 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Goiás seguem de perto, representando 54% do número absoluto de casos.
Analisando por faixa etária, os indivíduos de 20 a 29 anos lideram os registros de casos de dengue, totalizando mais de 761 mil ocorrências, o que representa quase um em cada cinco casos. Além disso, as mulheres são mais afetadas pela doença, respondendo por 55,1% dos casos registrados.
Esses dados alarmantes reforçam a urgência de medidas eficazes de controle e prevenção da dengue em todo o país, visando mitigar os impactos devastadores dessa enfermidade na saúde pública brasileira.
