Leila Pereira se prepara para apresentar seu depoimento em meio a alegações de manipulação de resultados que atingem o clube.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, foi oficialmente convidada nesta sexta-feira a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a manipulação de jogos e apostas esportivas. Ela comparecerá ao Senado no dia 22 de maio, uma quarta-feira, às 11 horas, horário de Brasília, para prestar esclarecimentos sobre as acusações que envolvem o clube.
Essa convocação foi inicialmente reportada pela ESPN e posteriormente confirmada pela Gazeta Esportiva. A sessão promete ser um dos pontos altos da CPI, seguindo o impactante depoimento do CEO do Botafogo, John Textor, que ocorreu na última semana. Textor apresentou um extenso relatório de 180 páginas contendo alegações de manipulação nos jogos do futebol brasileiro.
Durante uma reunião fechada que durou mais de três horas, Textor entregou o documento ao presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB-GO), ao relator Romário (PL-RJ), ex-jogador de futebol, e a outros senadores. Após analisar o material, Kajuru afirmou haver “indícios suficientes para investigar”, promovendo assim uma ampliação das convocações para depoimentos, que agora incluem figuras proeminentes como Leila Pereira.
Nos últimos meses, Textor tem feito acusações diretas ao Palmeiras, insinuando que o clube se beneficiou de manipulações de resultados, especialmente em momentos cruciais do Campeonato Brasileiro de 2023. Ele destacou incidentes específicos, como a expulsão de Adryelson do Botafogo em um jogo chave contra o Palmeiras, que terminou em 4 a 3 para o time alviverde.
Em resposta, Leila Pereira tem sido vocal em sua defesa do Palmeiras, exigindo ações legais contra Textor por difamação e exigindo que ele apresente provas concretas de suas alegações. O clube inclusive já moveu uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva para restringir as acusações sem fundamento de Textor.
A CPI também ouviu depoimentos de figuras do mundo da arbitragem, como Raphael Claus e Glauber do Amaral Cunha, e de presidentes de outros clubes, reforçando o escopo de sua investigação. A próxima sessão, com o depoimento de Leila Pereira, é aguardada com expectativa, prometendo mais revelações no complexo cenário das apostas esportivas no futebol brasileiro.
