O Plano Acredita e Suas Implicações para Pequenas Empresas e Empreendedoras

Lançamento do pacote de crédito Acredita visa empoderar microempresas e fortalecer a economia nacional através de iniciativas focadas em construção civil e microcrédito.

O governo brasileiro, por meio do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, anunciou recentemente o lançamento do programa Acredita. Esse novo plano busca reformular o acesso ao crédito no país, com foco especial nas mulheres empreendedoras e no fortalecimento de pequenas empresas.

O ministro Márcio França destaca que a criação do Acredita responde diretamente às demandas do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), ou Conselhão, evidenciando um esforço colaborativo para resolver a escassez de crédito para pequenos negócios. Durante a inauguração do programa, França relembrou críticas de figuras proeminentes do setor financeiro sobre a dificuldade de acesso ao crédito para pequenas entidades jurídicas, e como essa questão foi essencial para o desenvolvimento do programa.

O plano Acredita é estruturado em quatro eixos principais. O primeiro eixo visa fornecer microcrédito a famílias de baixa renda e pequenos produtores rurais através do Cadastro Único, com uma dotação inicial de R$ 500 milhões para o ano de 2024, focando metade dessas concessões em mulheres.

O segundo eixo, chamado Desenrola Pequenos Negócios, pretende auxiliar Microempreendedores Individuais (MEIs), microempresas e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões e que se encontram inadimplentes. Esse segmento abrange aproximadamente 6,3 milhões de negócios, segundo dados da Serasa Experian.

O foco do terceiro eixo recai sobre o setor de construção civil e mercado imobiliário, com a intenção de criar um mercado secundário de crédito imobiliário robusto, aumentando as concessões de crédito a taxas mais acessíveis. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a importância estratégica da construção civil para o crescimento econômico.

Por fim, o quarto eixo aborda investimentos ecológicos em moeda estrangeira, buscando oferecer proteção cambial a longo prazo e linhas de crédito competitivas para projetos alinhados à transformação ecológica do país.

Essa iniciativa representa um esforço significativo do governo para fortalecer o tecido econômico do país, proporcionando novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável para pequenos negócios e empreendedores brasileiros.

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