Defesa de Bolsonaro Refuta Acusações de Conhecimento Prévio sobre Minuta Golpista

Em um recente pronunciamento, a equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contestou as alegações de que o político tinha conhecimento de um documento que sugeria a instauração de um estado de sítio e medidas de defesa durante seu mandato. Esta declaração surge em resposta às suposições de que Bolsonaro teria reconhecido estar ciente da existência da minuta durante um discurso realizado na Avenida Paulista, na última semana.

Os advogados Paulo Bueno e Fabio Wajngarten esclareceram que o ex-presidente só teve acesso ao documento questionado no término de 2023, recebendo-o diretamente de sua defesa, que já estava de posse do material em questão, incluído nas investigações conduzidas pela Polícia Federal.

Bueno criticou a cobertura midiática que sugeriu uma possível admissão de culpa por parte de Bolsonaro, enfatizando que as referências feitas pelo ex-presidente durante sua aparição na Avenida Paulista relacionavam-se a documentos descobertos em uma busca e apreensão realizada na sede do PL. “As minutas mencionadas pelo presidente foram entregues a ele bem depois de terem sido encontradas, refutando a ideia de um conhecimento prévio”, declarou Bueno.

A defesa também questionou a integridade da investigação policial, alegando falta de evidências substanciais que suportem as acusações contra Bolsonaro e outros investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Segundo informações obtidas do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, a Polícia Federal sustenta que Bolsonaro teria participado na elaboração de um rascunho de decreto que, entre outras disposições, propunha a realização de novas eleições e a detenção de figuras chave do cenário político nacional. Contudo, este decreto nunca foi oficializado.

Além disso, a defesa de Bolsonaro enfrenta acusações de outra natureza, relacionadas a uma ação do ex-presidente que teria importunado intencionalmente uma baleia-jubarte. Este incidente, ocorrido em meados de 2023, levou à convocação de Bolsonaro para prestar esclarecimentos à Polícia Federal, um compromisso que coincidiu com alegações mais graves de tentativas de subversão da ordem constitucional.

Este conjunto de eventos coloca o ex-presidente em uma posição delicada perante a opinião pública e as autoridades, enquanto seus advogados trabalham arduamente para desmentir as acusações e preservar sua reputação.

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