A partir de 1º de janeiro de 2024, os usuários de trens e metrô em São Paulo enfrentarão um aumento na tarifa, passando de R$ 4,40 para R$ 5. Este reajuste, o primeiro desde janeiro de 2020, implicará em um acréscimo médio de R$ 26,40 por mês nos gastos dos passageiros com transporte.
A decisão de ajustar o preço vem semanas após declarações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) indicando a possibilidade desse aumento. Durante sua campanha eleitoral, Freitas havia prometido manter a tarifa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estável durante seu primeiro ano de mandato. No entanto, no fim de novembro, indicou a necessidade do reajuste para 2024, destacando os desafios orçamentários e o aumento dos custos operacionais.
Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), em busca da reeleição, adota uma estratégia diferente em relação ao transporte público. Nunes anunciou recentemente a implantação da tarifa zero nos ônibus municipais aos domingos, iniciativa que começará a vigorar a partir de 17 de dezembro, incluindo datas especiais como Natal, Ano-Novo e o Aniversário de São Paulo. Com esta medida, espera-se um aumento no fluxo de usuários do transporte público aos domingos, sem necessidade de expandir a frota atual.
Essa dualidade de abordagens reflete as diferentes estratégias políticas e econômicas frente aos desafios do transporte público na metrópole. Enquanto o governo estadual foca no equilíbrio fiscal através do reajuste tarifário, a prefeitura da capital aposta na ativação da economia local e no incentivo ao lazer e cultura através da gratuidade nos transportes aos domingos.
A trajetória da tarifa de transporte em São Paulo tem sido marcada por variações ao longo dos anos, com o último aumento registrado em 2020. Esta nova alteração nas tarifas de trens e metrô, juntamente com a iniciativa da tarifa zero nos ônibus municipais, promete ser um ponto de discussão importante entre os cidadãos paulistanos e os gestores públicos.
