Às vésperas de sua sabatina no Senado, marcada para esta quarta-feira (13), o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado para ocupar a vaga da ministra aposentada Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), expressou confiança na aprovação de seu nome, apesar de reconhecer a existência de resistências. Em um movimento estratégico, Dino intensificou visitas aos gabinetes dos senadores, buscando fortalecer apoios para sua indicação.
Durante as visitas, que se estenderão até o final do dia, Dino tem dialogado com diferentes lideranças políticas, demonstrando abertura ao diálogo e uma postura inclusiva, independente de orientações partidárias. “Estou bem seguro e tranquilo”, disse Dino, após um encontro com lideranças do PSD. Ele também se reuniu com senadores de variados partidos, incluindo Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM).
Confrontado com a possibilidade de um embate acirrado durante a sabatina, especialmente com membros da oposição, o ministro garantiu que espera um ambiente sereno e construtivo, apesar das divergências de opiniões. Ele enfatizou que a sabatina é um rito constitucional essencial, que deve ser conduzido em um clima de respeito mútuo.
A oposição promete questionamentos intensos, abordando temas como a atuação de Dino à frente do Ministério da Justiça, os eventos extremistas de 8 de Janeiro, e suas visitas ao Complexo da Maré, além das polêmicas envolvendo Luciane Barbosa Farias.
A confirmação de Dino ao STF, uma indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, requer o apoio de ao menos 41 dos 81 senadores. O senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação, estima que Dino já conta com o voto favorável de aproximadamente 50 senadores, indicando uma tendência positiva para sua aprovação. Este cenário reflete um momento crucial na política brasileira, onde a escolha de um novo ministro para o STF se torna um ponto focal de debates e articulações políticas.