Diante da possibilidade de uma greve sem data para terminar, os sindicatos dos trabalhadores dos Correios em importantes cidades como São Paulo e Bauru (SP), além dos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, se mobilizam para votações decisivas até esta quinta-feira (23). Esta ação sindical surge como uma resposta direta às negociações frustradas sobre a assinatura de um acordo coletivo de trabalho, especialmente em vésperas de um dos maiores eventos comerciais do ano: a Black Friday.
O estado do Tocantins já confirmou sua adesão à paralisação, conforme divulgado pela Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios (Findect). Outros sindicatos, incluindo os do Rio de Janeiro, devem concluir suas deliberações ainda hoje. Em São Paulo, a assembleia está programada para amanhã (23).
Este movimento, que surge em um momento crítico para o comércio eletrônico, é um reflexo do descontentamento dos trabalhadores com as propostas da empresa. Segundo a Findect, que representa cerca de 40% do efetivo nacional dos Correios e 60% do fluxo postal do país, questões-chave como a não incorporação de R$ 250 ao salário base e a ausência de benefícios concretos nas propostas atuais estão no centro do impasse.
Além disso, a Findect expressou preocupações com a falta de realização de concurso público por parte dos Correios e a possível tributação sobre uma bonificação acordada em janeiro. Essa última questão, particularmente, poderia resultar em uma redução significativa dos valores recebidos pelos trabalhadores, agravando ainda mais sua situação financeira.
Enquanto isso, a Empresa Brasileira de Correios, confrontada com essa situação delicada e suas potenciais consequências para os serviços durante a Black Friday, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Esta situação coloca tanto os consumidores quanto os vendedores em uma posição de incerteza, aguardando os desdobramentos dessas negociações e o possível impacto nas entregas durante um dos períodos mais movimentados do comércio brasileiro.
