Flávio Dino, o atual Ministro da Justiça do Brasil, não marcou presença na reunião da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, realizada na terça-feira (21). Em documento oficial enviado a Arthur Lira, presidente da Câmara, Dino justificou sua ausência com base em recomendações do setor de segurança de sua pasta, apontando para a possibilidade de enfrentar agressões físicas e verbais, incluindo ameaças envolvendo armas de fogo.
O ministro destacou em sua declaração a preocupação com a segurança pessoal, citando exemplos específicos de confrontos verbais e comportamentos agressivos por parte de alguns parlamentares. Ele mencionou, em particular, uma ocasião anterior, em 10 de outubro, quando optou por não comparecer a outra sessão da comissão, levantando dúvidas sobre a imparcialidade e a competência do presidente da comissão, o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), para gerir a audiência de forma justa.
Além disso, Flávio Dino expressou sua preocupação com a conduta de alguns deputados, sugerindo que a presença de armas entre eles constitui uma ameaça direta à sua segurança. Ele fez referência a um comentário feito pelo deputado Sargento Fahur (PSD-PR), que desafiou o ministro de forma provocativa em relação ao desarmamento.
Embora a convocação à comissão o obrigasse a comparecer, o ministro justificou sua ausência alegando temores pela sua integridade física. Ele reforçou a proposta de participar de uma sessão plenária na Câmara, onde considera que poderia responder aos questionamentos com maior segurança, devido à presença de um número maior de pessoas e a um ambiente mais controlado.
