Presidente do IBGE Ausente em Sessão da CPI das ONGs; Diretora Assume o Testemunho

Na reunião agendada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs nesta terça-feira (10), a ausência notada foi a do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann. Apesar do convite feito a ele para depor, o presidente da comissão, senador Plínio Valério (PSDB-AM), esclareceu que Pochmann se encontra em compromissos internacionais, impossibilitando sua presença. Assim, quem assumiu o espaço foi Flávia Santos, diretora executiva do IBGE.

O desejo de ouvir Pochmann partiu do relator da CPI, senador Marcio Bittar (Uniao-AC). Segundo Bittar, dados do Censo 2022 apontam um incremento na população indígena. Ele destaca na convocação: “Há indícios de envolvimento de algumas ONGs na escolha da metodologia empregada na pesquisa. Cabe a esta CPI avaliar a extensão dessa interação e o potencial impacto dessas entidades no principal instituto de estatísticas do país.”

Instaurado em 14 de junho, o objetivo central da CPI é desvendar as operações de ONGs que, supostamente, funcionam como fachadas na Amazônia. Além disso, procura-se entender o destino dos fundos públicos destinados a essas organizações de 2002 a 2023, a possível influência indevida do governo nessas entidades e eventuais aquisições irregulares de terras. O relatório final deve ser submetido no prazo de 130 dias.

Vale lembrar que a solicitação para esta CPI foi inicialmente protocolada no Senado em 2019. Embora discutido em 2022, o pedido não avançou devido à falta de consenso e à ausência de indicações para compor a comissão. A mudança na gestão parlamentar resultou na necessidade de um novo requerimento, que culminou na atual CPI.

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