Em uma nova avaliação sobre a economia global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou um cenário mais otimista para o Brasil. Para 2023, o órgão revisou para cima a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,1% para 3,1%. Esse ajuste, de 1 ponto percentual, veio à luz dos desempenhos notáveis registrados no primeiro semestre deste ano, impulsionados por uma agricultura vigorosa e serviços que demonstraram grande resiliência.
O relatório do FMI destacou que o consumo no país permaneceu robusto, em grande parte graças aos estímulos fiscais. Além disso, as projeções para 2024 também foram atualizadas, agora apontando um crescimento de 1,5% do PIB, uma elevação em relação à previsão anterior de 1,2%.
Ao contrapor com outras previsões, os dados do IBGE indicam um crescimento do PIB de 0,9% no segundo trimestre, após um avanço de 1,8% no primeiro. Em comparação, o Boletim Focus projeta uma expansão de 2,92% para este ano e de 1,5% para 2024.
Enquanto isso, tanto o Ministério da Fazenda quanto o Banco Central têm perspectivas distintas, projetando, respectivamente, crescimentos de 3,2% e 2,9% para 2023 e 2,3% e 1,8% para 2024.
Na visão global, essa revisão positiva para o Brasil influenciou a elevação das expectativas para toda a região da América Latina e Caribe. A projeção regional para 2023 mostra um crescimento de 2,3%, enquanto o Brasil supera essa marca, mas fica aquém das estimativas para 2024.
A nível regional, o FMI ajustou as previsões para a América Latina e o Caribe, apontando agora um crescimento de 2,3% para ambos os anos de 2023 e 2024. Por outro lado, países como Argentina e Chile estão previstos para enfrentar contrações em seus PIBs. A situação argentina, especificamente, está prevista para recuar 2,5% em 2023, mas com uma recuperação esperada de 2,8% em 2024, principalmente devido a questões fiscais e de dívida.
Para completar, o relatório abordou a situação das economias emergentes e a inflação. As perspectivas para 2023 permanecem estáveis, enquanto para 2024 houve uma ligeira retração para 4,0%. Em relação à inflação brasileira, o FMI estima uma média de 4,7% para 2023 e 4,5% para 2024, refletindo a postura contida dos bancos centrais globais.
