O Ministério da Fazenda marcou o fim de uma importante fase do programa “Desenrola Brasil”, destinado a empresas detentoras de dívidas a receber, como bancos, varejistas e distribuidoras de serviços básicos.
Adesões e Critérios
Com o fechamento nesta terça-feira (12), o programa contabilizou a adesão de 924 credores.
Essa adesão voluntária representa impressionantes 86% das dívidas de até R$ 5.000 em status de negativação, conforme os registros das instituições de crédito.
O próximo passo? A filtragem dessas dívidas, centrada no critério de renda da Faixa 1.
Esse critério se aplica a pessoas que têm rendimentos de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou aquelas inscritas no CadÚnico, sistema de cadastro do governo federal.
Leilão e Renegociação
Agendado para o final da próxima semana, o leilão promete organizar as dívidas em categorias específicas, como cartão de crédito, varejo, eletricidade e saneamento.
A ênfase será dada às propostas que ofertarem os maiores descontos, e essas serão escolhidas para negociação sob a chancela do programa. Em breve, mais detalhes sobre o leilão serão liberados pelo governo.
A segunda fase do programa, com início previsto para o final de setembro, focará nas pessoas que recebem até dois salários mínimos, têm dívidas até R$ 5.000 ou estão no Cadastro Único de programas sociais. Elas terão a chance de renegociar seus débitos por meio de uma plataforma digital.
Os devedores da Faixa 1 terão a oportunidade de repactuar suas dívidas com diversos setores empresariais.
As opções são atrativas: pagamento do valor com desconto à vista ou o financiamento em até 60 meses, com uma taxa de juros que pode chegar a 1,99% ao mês.
Retrospectiva e Impacto do Programa
Vale lembrar que o programa de renegociação teve sua estreia em 17 de julho, voltado para a Faixa 2.
Essa categoria abrange débitos bancários para pessoas físicas com renda acima de dois salários mínimos e até R$ 20 mil.
Quem possui dívidas bancárias de até R$ 100 tem seu nome automaticamente limpo nas instituições.
E o impacto já é notável. Segundo dados da Febraban, em apenas sete semanas, o volume financeiro negociado atingiu a marca de R$ 11,7 bilhões, com a retirada de negativação de 6 milhões de registros.