Em uma reviravolta recente, Allan dos Santos, conhecido blogueiro e youtuber, encontra-se sob a mira do judiciário brasileiro devido a supostas ameaças proferidas em seu canal.
Relatores Dividem Opiniões sobre o Caso
Marllon Sousa, juiz federal e relator do caso, evidenciou em sua análise inicial a presença de indícios substanciais para a aceitação da denúncia.
Ele alega que as evidências não estão apenas nas palavras usadas por dos Santos, mas também em seus “gestos e expressões de afronta”.
Esse entendimento foi corroborado pelo juiz Saulo Casali. No entanto, o desembargador Marcus Vinicius Reis Bastos discordou, optando por manter a decisão da primeira instância e sugerindo o arquivamento.
A polêmica do “Vídeo com Palavras de Ódio”
Conforme relatado pelo MPF, em 24 de novembro de 2020, dos Santos compartilhou um vídeo confrontando um ministro, instigando-o a enfrentá-lo face a face.
A denúncia detalha que, no vídeo, o blogueiro empregou linguagem hostil e depreciativa. Ademais, com uma postura ameaçadora, insinuou disposição em causar dano ao ministro Barroso.
O MPF entrou com recurso após a negativa do Juizado Especial Criminal Federal em levar adiante a ação penal. A justificativa inicial baseava-se na perspectiva de que um juiz “não deve ser facilmente intimidado” e que as declarações ameaçadoras de dos Santos não passariam de “meras bravatas”.
Contrapondo essa visão, o Ministério Público refutou tal interpretação, negando que as alegações fossem apenas “impropérios” ou promessas “sem fundamento”.
Intervenção do STF e Situação Internacional do Blogueiro
Em uma medida mais drástica tomada em novembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou o cancelamento do passaporte de dos Santos.
Atualmente nos Estados Unidos, o blogueiro tem um mandado de prisão pendente no Brasil.
De acordo com o despacho, o Itamaraty foi instruído a informar as representações brasileiras no exterior sobre essa decisão.
Allan dos Santos no Radar do STF
No cenário nacional, dos Santos não é apenas um youtuber controverso. No STF, ele é objeto de investigação por disseminar notícias falsas e realizar ataques contra o tribunal e seus ministros.
Além disso, há suspeitas de que ele utilize sua plataforma online para propagar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.