Tomás Miguel Ribeiro Paiva: quem é o novo comandante do Exército no governo Lula?

Tomás Miguel Ribeiro Paiva

O governo federal anunciou na tarde deste sábado (21) que o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva é o novo comandante do Exército. Ele substituirá o general Júlio César de Arruda, que foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com 62 anos de idade, Tomás Miguel Ribeiro Paiva é experiente e já chefiava o Comando Militar do Sudeste desde 2012, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é o segundo na lista de generais que poderiam se tornar comandantes na gestão do ministro José Múcio Monteiro, da Defesa.

Em 2019, ele assumiu o posto de general de Exército, o mais alto da carreira militar, e passou a integrar o Alto Comando do Exército, órgão colegiado onde são discutidos temas da Política Militar Terrestre e assuntos de interesse do comandante do Exército.

Carreira militar

O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva possui uma longa e notável carreira militar. Ele começou sua jornada em 1975, ingressando na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP) e sendo declarado aspirante a oficial da Arma de Infantaria em 1981.

Ao longo de sua carreira, ele teve diversas missões importantes, incluindo o comando do Batalhão de Infantaria de Força de Paz no Haiti, Comandante da Força de Pacificação da Operação Arcanjo VI, no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ) em 2012.

Paiva também foi Comandante do Batalhão da Guarda Presidencial em Brasília (DF) e Assessor Militar do Brasil junto ao Exército do Equador. Além disso, chefiou o Gabinete do Comandante do Exército e comandou a 5ª Divisão de Exército, em Curitiba (PR).

O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva tem uma vasta experiência na carreira militar, tendo atuado como subalterno e comandante de companhia de fuzileiros em diversas unidades, incluindo no 7º Batalhão de Infantaria Blindado, em Santa Maria (RS), no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro (RJ), e no 33° Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cascavel (PR).

Ele também serviu como instrutor do Curso de Infantaria da Academia Militar das Agulhas Negras, Subcomandante da Companhia de Precursores Paraquedista, Ajudante de Ordens do Presidente da República e Assessor Militar do Brasil junto ao Exército do Equador.

Exército já teve 10 comandantes após a redemocratização

De acordo com a Lei Complementar 97, de 1999, o cargo de comandante das Forças Armadas só pode ser ocupado por oficiais-generais, que são aqueles que exercem funções de chefia há mais tempo e, por isso, têm precedência hierárquica sobre outros militares.

A lei também determina que quem está na ativa e assume o cargo de comandante é transferido para a reserva remunerada. A reserva é o regime equivalente à aposentadoria entre os militares.

Desde a redemocratização, em 1985, o Exército já teve 10 comandantes, sendo que até 2015, todos os ocupantes do cargo haviam se formado antes da ditadura, iniciada em 1964. O general Zenildo Lucena ficou mais tempo no cargo, exercendo a função de 1992 a 1999.

Apesar disso, alguns especialistas afirmam que é hora de se fazer um debate público franco sobre quais Forças Armadas são necessárias e sobre as reformas estruturais, conceituais e de formação que elas precisam, a fim de melhorar a situação atual.

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