Por outro lado, enchentes elevam risco de leptospirose, alerta especialista.
Em entrevista exclusiva à Record News nesta segunda-feira (3), o vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Marcelo Otsuka, informou que a tendência é de redução nos casos de dengue no Rio Grande do Sul. De acordo com Otsuka, a queda nas temperaturas típicas do inverno contribui para diminuir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença.
“Esperamos uma redução no número de casos de dengue com a chegada do frio. No entanto, outros problemas de saúde, como a leptospirose, podem aumentar devido às recentes enchentes na região”, explicou Otsuka. A leptospirose é uma doença bacteriana grave, transmitida pela urina de ratos, frequentemente associada a inundações e condições sanitárias precárias.
A situação no Rio Grande do Sul é preocupante. Nas últimas semanas, o estado registrou um aumento significativo nos casos de leptospirose, com 304 suspeitas e 19 confirmações. O primeiro óbito pela doença foi registrado no município de Travesseiro, no Vale do Taquari.
A Secretaria Estadual da Saúde alerta para a importância de medidas preventivas, especialmente em áreas alagadas, onde o contato com água contaminada é mais frequente. “É fundamental que a população evite o contato com águas de enchente e mantenha uma higiene rigorosa para minimizar o risco de infecção”, reforça o comunicado da secretaria.
Além dos desafios de saúde pública, o governo estadual está implementando ações emergenciais e de longo prazo para lidar com os efeitos das enchentes, incluindo a reconstrução de infraestruturas e o suporte às famílias afetadas.
Enquanto as autoridades trabalham para controlar a situação, é crucial que a população esteja atenta às recomendações de saúde e busque assistência médica ao apresentar sintomas de doenças transmitidas pela água, como febre, dor de cabeça, dores musculares e calafrios.