Descontentamento com a reserva e conflitos internos aceleram a busca por uma saída para o meia colombiano do São Paulo.
A situação entre James Rodríguez e o São Paulo atinge um novo patamar de tensão sob a gestão do técnico argentino Luis Zubeldía. Ao contrário de seus antecessores, Zubeldía não suaviza as arestas e, enfrentando diretamente o descontentamento do jogador com sua posição de reserva, optou por um afastamento mais assertivo.
James Rodríguez, aos 32 anos, mostra-se insatisfeito com a falta de titularidade e, consequentemente, vem treinando separado do elenco principal. Diante desta postura, a diretoria do clube paulista vê a venda como a única saída viável, embora ainda não tenha surgido um comprador interessado.
Internamente, o departamento médico e físico do São Paulo garante que não existem impedimentos clínicos ou físicos para a participação de Rodríguez. No entanto, o real obstáculo parece ser a relação desgastada com Zubeldía, que já tinha histórico de confrontos com o colombiano em competições anteriores, como na eliminação do São Paulo pela LDU na Copa Sul-Americana.
Zubeldía foi enfático ao assumir o comando: exigiria de Rodríguez uma participação mais ativa em campo, o que implicaria em maior movimentação e comprometimento tático — condições essenciais para que fosse considerado para a titularidade. Respeitando a trajetória do jogador, mas priorizando as necessidades do time, Zubeldía colocou Rodríguez inicialmente como reserva, uma decisão que não foi bem recebida pelo meia.
Esse é o terceiro conflito significativo de Rodríguez com um técnico no São Paulo, seguindo desentendimentos com Dorival Júnior e Thiago Carpini. A paciência do presidente Julio Casares parece ter chegado ao fim, resultando em instruções claras aos empresários para colocarem Rodríguez no mercado, com chances maiores de ele seguir para ligas na América do Norte ou no mundo árabe, onde seu salário de R$ 1,5 milhão mensais seria mais facilmente absorvido.
Enquanto amigos próximos do jogador, como Rafinha e Lucas, tentam mediar e acalmar as tensões, a realidade é que James Rodríguez parece cada vez mais distante do futuro que imaginava no São Paulo, com sua carreira no clube se encaminhando para um desfecho não tão glorioso.