O hidrólogo Jorge Barbarotto esclarece por que as chuvas intensas continuam elevando o nível das águas, especialmente em direção à capital Porto Alegre.
No Rio Grande do Sul, o fenômeno das enchentes tem se mostrado persistente e preocupante. Mesmo após períodos de chuva, o nível das águas nas bacias hidrográficas do estado não apresenta redução significativa. Em entrevista exclusiva à Record News, o hidrólogo Jorge Barbarotto, vinculado ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, compartilhou insights cruciais sobre essa questão.
Barbarotto explicou que a geografia do estado desempenha um papel fundamental nesse cenário. Devido à sua localização, as águas das bacias no norte do Rio Grande do Sul são naturalmente drenadas em direção à capital, Porto Alegre. Esta dinâmica, segundo ele, geralmente não representa uma ameaça. No entanto, as condições recentes alteraram drasticamente esse quadro.
“As constantes e intensas precipitações que temos testemunhado contribuíram para uma situação de enchente que se estendeu por quase todo o estado”, afirma o hidrólogo. A explicação reside no volume de água que, embora normalmente seja gerenciável, tornou-se excessivo e ultrapassou a capacidade de escoamento natural da região.
Esta situação sublinha a importância de uma gestão hídrica eficaz e de preparativos adequados para eventos climáticos extremos, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas como Porto Alegre. A entrevista com Barbarotto oferece um olhar mais profundo sobre os desafios hidrológicos enfrentados pelo Rio Grande do Sul e destaca a necessidade urgente de medidas preventivas e adaptativas para mitigar os impactos das enchentes futuras.