Enchente no RS faz prefeitura racionar de água

Decretado estado de emergência hídrica na capital gaúcha em meio a desastre natural sem precedentes.

Em resposta ao desastre natural desencadeado pelas enchentes que assolam Porto Alegre e o Rio Grande do Sul, a prefeitura da cidade emitiu um decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) nesta segunda-feira, estabelecendo o racionamento de água na região. A medida visa preservar o recurso hídrico, restringindo seu uso exclusivamente para atividades essenciais.

“Estamos diante de uma situação de desastre sem precedentes em Porto Alegre e no Rio Grande, e é crucial que todos contribuam. O desabastecimento é uma realidade que demandará tempo para ser solucionada. Estamos explorando diversas alternativas, mas a consciência individual de cada cidadão é fundamental para não agravar ainda mais a situação”, declarou o prefeito Sebastião Melo.

Segundo o decreto, a água fornecida pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) deve ser utilizada exclusivamente para consumo essencial. Atividades como lavagem de veículos, calçadas e fachadas, irrigação de jardins e gramados, assim como o uso em estabelecimentos como salões de beleza, clínicas estéticas, academias e em serviços de banho e tosa de animais devem ser evitadas a fim de preservar o recurso.

As restrições impostas pelo decreto permanecerão em vigor até que a regularidade no abastecimento de água seja restabelecida na capital.

O diretor-geral do Dmae, Maurício Loss, informou em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira que Porto Alegre está operando com apenas cerca de 40% de seu abastecimento de água ativo. Ele destacou que, no momento, apenas duas das seis estações de tratamento estão em funcionamento, sendo elas a ETA Menino Deus e a ETA Belém Novo.

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