Balanço de 2023 mostra aumento da dívida, oscilações em receitas e o impacto de não negociar atletas principais.
Nesta sexta-feira, o São Paulo Futebol Clube anunciou seu balanço financeiro referente ao ano de 2023, marcando o terceiro ano da administração de Julio Casares na presidência. Os números revelam um déficit de R$62 milhões, com a dívida total do clube aumentando em R$80 milhões em relação ao ano anterior, atingindo agora R$666,6 milhões.
A diretoria optou por uma estratégia de retenção de seus atletas chave, evitando negociações e focando em sucessos esportivos, o que se refletiu na histórica conquista da Copa do Brasil. Esta decisão, contudo, teve repercussões financeiras, com a receita proveniente da venda de jogadores caindo significativamente de R$228,6 milhões em 2022 para R$120,7 milhões em 2023, apesar da expectativa inicial de R$166,5 milhões.
Além disso, o clube viu uma redução nas receitas de patrocínios e publicidade, que passaram de R$54,1 milhões em 2022 para R$46 milhões em 2023. Por outro lado, a renda com bilheteria viu um aumento expressivo, de R$54,1 milhões para R$64,4 milhões, impulsionada pela campanha vitoriosa na Copa do Brasil e a boa performance até as quartas de final da Copa Sul-Americana.
Ao fim do primeiro triênio sob a gestão de Casares, a situação das dívidas do clube mostra uma mudança de perfil, passando de dívidas de curto prazo para compromissos de longa duração. Apesar do aumento do endividamento, o São Paulo sustenta que a situação está sob controle, destacando que a receita total de 2023 foi superior à dívida acumulada, atingindo R$680,7 milhões, um incremento modesto frente aos R$660,5 milhões do ano anterior.
Este panorama financeiro reflete não apenas as escolhas estratégicas da diretoria em busca de glórias no campo, mas também os desafios enfrentados para equilibrar sucesso esportivo e sustentabilidade financeira.
