Em meio a investigações, a Procuradoria-Geral da República busca esclarecimentos sobre a possível influência de Elon Musk na gestão de conteúdo bloqueado judicialmente.
Na mais recente movimentação jurídica envolvendo a rede social X, a Procuradoria-Geral da República, sob a liderança de Paulo Gonet, direcionou um pedido inquisitivo ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O foco da solicitação reside na necessidade de elucidar se Elon Musk, à frente da empresa, exerce poder decisório suficiente para influenciar a reativação de contas anteriormente suspensas por mandado judicial no Brasil.
O pedido emergiu diante de suspeitas de que a plataforma poderia ter, unilateralmente, restaurado o acesso a contas que haviam sido restritas como parte das medidas judiciais adotadas pelo país. A investigação procura detalhar se houve uma revogação independente do bloqueio dessas contas, solicitando identificação de eventuais responsáveis pela decisão e a listagem das contas reabilitadas.
Desde 2019, a ação assertiva de Moraes tem sido notável no cenário digital, com a imposição de restrições a diversas contas nas plataformas sociais, incluindo X. Essas medidas foram parte de uma ampla estratégia de combate às disseminações de desinformação, atendendo a inquéritos sobre ataques dirigidos aos membros e à instituição do STF. A jornada investigativa ganhou novos contornos com a inclusão de casos relacionados a milícias digitais e eventos subsequentes à tentativa de insurreição de 8 de janeiro de 2023.
A iniciativa da PGR reflete um esforço contínuo em preservar a integridade da ordem judicial e assegurar que as determinações do STF sejam respeitadas integralmente pelas entidades digitais operando no território nacional. A medida busca uma resposta clara sobre as capacidades e ações de Musk no contexto das operações da X no Brasil, iluminando a dinâmica entre as decisões corporativas e as exigências legais locais.