Em meio a tensões judiciais, fundador do X busca abrir canal de comunicação sobre liberdade de expressão e decisões do Supremo Tribunal Federal.
Em uma virada surpreendente de eventos, Elon Musk, o visionário à frente do X (anteriormente conhecido como Twitter), estendeu um convite público ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) para um diálogo aberto sobre a liberdade de expressão nas redes sociais e as recentes deliberações da corte. Este convite ocorre em um momento crítico, após decisão de Moraes que implicou a inclusão de Musk em um inquérito que investiga a ação de “milícias digitais”.
Por meio de uma postagem em sua conta pessoal na plataforma X, Musk desafiou o ministro a debater as controvéncias envolvendo decisões judiciais e sua influência sobre a liberdade na internet. “Este é o cerne do problema. O que você diz, @Alexandre? Vamos debater isso abertamente,” propôs o magnata, engajando-se diretamente com a discussão pública sobre a atuação do STF nas redes.
Recentemente, no domingo (7), uma determinação de Alexandre de Moraes colocou Musk sob o escopo de uma investigação que busca elucidar possíveis atos de obstrução da justiça, organização criminosa, e incitação ao crime ligados ao empresário. Adicionalmente, foi estipulada uma multa diária significativa, de R$ 100 mil, para cada conta que, após ser bloqueada judicialmente, fosse reativada pela plataforma.
Musk não hesitou em utilizar o X para expressar sua insatisfação com as ações do ministro Moraes, denunciando o que percebe como uma “censura agressiva” em território brasileiro. “Estamos levantando todas as restrições. Este juiz [Alexandre de Moraes] aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil. Como resultado, corremos o risco de perder todas as receitas geradas no Brasil e talvez tenhamos que encerrar nossas operações no país,” declarou Musk, destacando as severas consequências enfrentadas pela empresa sob tais medidas.
Este embate se insere em um contexto mais amplo de acusações de censura, inicialmente levantadas pelo jornalista americano Michael Shellenberger na quarta-feira (3). Shellenberger critica o que vê como uma “ampla repressão da liberdade de expressão liderada por Alexandre de Moraes no Brasil”, marcando uma era de intensa discussão sobre os limites da liberdade de expressão e o poder judicial nas democracias modernas.
