Com um aumento alarmante nos casos e mortes, o país enfrenta um dos piores surtos da doença na história, promovendo esforços concentrados para reversão do quadro.
Neste último fim de semana, o Brasil testemunhou um aumento preocupante no número de mortes por dengue, registrando 38 óbitos, um salto de quase 50% em comparação com o período anterior. Desde o início de 2023, o país contabilizou 1.116 mortes devido à doença, aproximando-se do recorde anual de 1.179 mortes estabelecido em 2023. Além disso, outras 1.807 mortes estão sob investigação para determinar se a dengue foi a causa.
São Paulo lidera o trágico ranking de estados com o maior número de fatalidades, seguido por Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Goiás. Essas cinco unidades federativas são responsáveis por 72% do total de óbitos no país, refletindo a gravidade da situação em certas regiões.
No âmbito nacional, foram reportados 2,963 milhões de casos prováveis de dengue, ultrapassando o recorde anterior de 1,889 milhão de casos confirmados em 2015. O Distrito Federal apresenta a maior taxa de incidência, com 7.297,3 casos por 100.000 habitantes, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás.
Interessantemente, a faixa etária dos 20 aos 29 anos registrou o maior número de casos, representando quase um quinto do total. Além disso, as mulheres constituem a maioria dos infectados, totalizando 55,3% dos casos.
Neste contexto desafiador, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, comunicou que 12 estados brasileiros apresentam uma estabilidade nos números, enquanto 8 demonstram uma tendência de queda nos casos de dengue. Por outro lado, 7 estados ainda enfrentam um aumento na incidência da doença.
“A dengue manifesta-se de maneira diversa em todo o território brasileiro. Começamos o ano com um número exponencial de casos, especialmente no Centro-Oeste, mas agora observamos uma clara diminuição em alguns estados”, explicou Nísia, ressaltando a importância de estratégias regionais adaptadas para o controle da doença.
O governo e as autoridades de saúde continuam em alerta máximo, implementando medidas preventivas e de controle para mitigar a propagação da dengue, numa tentativa de reverter a tendência preocupante e proteger a população de um dos piores surtos já registrados na história do país.