Em meio a tensões partidárias, Procuradoria-Geral da República pede investigação sobre ações do ex-presidente do União Brasil.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para iniciar um inquérito sobre alegações de ameaças proferidas por Luciano Bivar, deputado federal e ex-mandatário do partido União Brasil, contra Antônio Rueda, recentemente eleito presidente da legenda. A solicitação chega após um período marcado por conflitos internos e acusações mútuas entre Bivar e Rueda, com este último negando veementemente tais alegações. O caso, mantido sob sigilo, veio à tona através de uma reportagem do R7.
No último dia 20, a direção do União Brasil optou pelo afastamento de Bivar da presidência, mantendo-o, no entanto, como membro ativo do partido. Este movimento acontece em um contexto onde Bivar é suspeito de envolvimento em um incêndio que destruiu propriedades pertencentes a Rueda e sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira do partido, localizadas na praia de Toquinho, município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco.
Rueda, por sua vez, alega ter recebido ameaças de morte de Bivar, fato que acrescenta gravidade à situação, principalmente por Bivar residir no mesmo complexo residencial dos imóveis afetados.
A escalada do conflito interno se evidencia ainda mais com a apresentação de três denúncias à Secretaria-Geral do União Brasil por Raphael Souto, advogado da legenda. As reclamações originaram-se de Soraia Thronicke, senadora; Waguinho, prefeito de Belford Roxo (RJ); e Júnior Bosco, suplente de deputado federal, todos relatando desentendimentos envolvendo figuras do partido.
Este cenário de disputa pela liderança do União Brasil e as ações subsequentes sublinham não apenas as tensões internas da legenda mas também colocam em evidência a necessidade de investigações para clarificar as alegações de conduta inapropriada, visando preservar a integridade política e pessoal dos envolvidos.