Operação Ampliada na Caçada aos Foragidos da Penitenciária Federal Continua sem Sucesso
A fuga espetacular de dois detentos da penitenciária federal de Mossoró (RN), Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça, em 14 de fevereiro, desencadeou uma das maiores operações de busca já vistas na região. Um mês após o ocorrido, as autoridades seguem sem pistas concretas que levem à recaptura dos foragidos, apesar de avistamentos esporádicos pela comunidade local.
Desde a confirmação da fuga, uma força-tarefa composta por membros da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, junto à elite das operações especiais, foi destacada para Mossoró com o objetivo de localizar os fugitivos. A complexidade da operação reflete não apenas a astúcia dos detentos, mas também a possível conexão deles com a facção criminosa Comando Vermelho, ampliando a urgência de sua captura.
Em meio às tentativas de recaptura, a Polícia Federal conseguiu deter um indivíduo suspeito de auxiliar na fuga, elevando para seis o número de prisões relacionadas ao caso. Investigações adicionais apontam para um casal que teria fornecido roupas aos fugitivos, indicando uma rede de apoio ainda ativa e complicando o trabalho das autoridades.
A intensificação das buscas, marcada pela chegada da Força Nacional em 23 de fevereiro, com um contingente de 111 policiais e bombeiros militares, demonstrou a seriedade com que o caso é tratado. No entanto, especialistas em segurança pública, como Leonardo Sant’Anna, criticam a demora na resposta inicial e as falhas estratégicas que têm dificultado a operação.
A cronologia dos eventos revela múltiplas tentativas de localização dos fugitivos, desde o uso de tecnologia avançada, como helicópteros e drones, até a mobilização de grande número de agentes e a oferta de recompensa de R$ 30 mil por informações válidas. Ainda assim, os foragidos permanecem à solta, desafiando as autoridades e levantando questões sobre a eficácia dos métodos de busca em território tão vasto e complexo.
Se capturados, os detentos enfrentarão acusações adicionais por sua fuga, um evento sem precedentes em um presídio de segurança máxima no país, e possivelmente terão suas penalidades agravadas, ressaltando a gravidade da situação e o imperativo de uma solução rápida e efetiva.
