A Decisão do Corinthians de Não Assinar o Contrato da Libra Reflete em Aumento de Receita para os Clubes Participantes, Revelando Uma Nova Dinâmica no Futebol Brasileiro
Em uma reviravolta estratégica que promete redefinir a distribuição de receitas no futebol brasileiro, a decisão do Corinthians de se abster do recente acordo firmado com a Globo para a transmissão do Brasileirão de 2025 a 2029 desencadeia um cenário financeiramente vantajoso para os demais clubes signatários da Libra. Este acordo, oficializado recentemente, prevê um novo modelo de partilha que beneficia diretamente os clubes envolvidos, graças à ausência do tradicional clube paulista.
Originalmente projetado para incluir o Corinthians, o acordo com a Globo estipulava um valor base anual de R$ 1,3 bilhão. Com a exclusão do Timão, esse montante sofrerá uma redução de 11%, equivalente a mais de R$ 140 milhões. Entretanto, o valor que o Corinthians poderia receber — estimado entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões, dependendo de sua performance e audiência — será redistribuído entre os clubes remanescentes, resultando em um acréscimo de receita que compensa a diminuição do valor total.
A distribuição de receitas, seguindo o formato 40-30-30, baseia-se em partes iguais, audiência e classificação na tabela, potencializando os ganhos dos clubes que permanecem no acordo, em detrimento da participação corintiana. Para que essa nova estrutura de ganhos se concretize em 2025, é imprescindível que pelo menos nove dos clubes signatários estejam competindo na Série A.
A situação envolvendo o Corinthians, que inicialmente caminhava para a assinatura junto aos demais membros da Libra, tomou um rumo diferente após uma oferta concorrente da LFU. O presidente do clube, Augusto Melo, busca uma paridade de receitas com o Flamengo, uma condição desafiadora dada a natureza variável das distribuições de receita no acordo da Libra, que se desvincula de garantias mínimas fixas.
Apesar das incertezas e da complexidade das negociações, a possibilidade de reintegração do Corinthians ao grupo permanece aberta, sustentada pelos estatutos da Libra e pela finalização burocrática recente que incluiu o aval da Globo e a previsão de adiantamentos contratuais.
Este panorama financeiro, ainda em evolução, destaca a importância da flexibilidade e estratégia nas negociações de direitos de transmissão, influenciando significativamente a sustentabilidade financeira e competitiva dos clubes brasileiros no cenário atual do futebol.