Em meio a avanços no PAC, governo pretende discutir ajustes no teto de gastos com o Legislativo
Em um momento marcado pelo otimismo quanto ao aumento da arrecadação federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta quinta-feira a intenção de abrir diálogo com o Congresso Nacional visando uma revisão do teto de gastos públicos. A declaração ocorreu durante a exposição dos primeiros resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, iniciativa que já destinou cerca de R$ 25 bilhões em investimentos.
Com uma perceptível melhora nos cofres públicos, superando as expectativas de muitos analistas, o chefe de Estado expressou a necessidade de uma conversa construtiva com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. O objetivo é recalibrar o limite de gastos, possibilitando a ampliação de benefícios direcionados à população brasileira. “À medida que a arrecadação se expande, é fundamental revisitar nossas políticas fiscais para garantir o máximo impacto social de nossos recursos”, destacou Lula.
Durante o evento do PAC Seleções, foi revelado que o programa já alcançou 3.270 municípios em todo o país, abarcando uma gama de 6.778 projetos em 16 diferentes áreas de atuação. A seleção dos beneficiados seguiu critérios rigorosamente isonômicos, assegurando que as necessidades mais prementes das cidades e estados fossem atendidas, independente de suas afiliações políticas.
Além dos avanços no PAC, o presidente Lula aproveitou a ocasião para criticar a postura da mineradora Vale em relação aos compromissos assumidos após o desastre de Brumadinho, indicando que negociações futuras buscarão uma reparação justa para os estados afetados.
Com um investimento que ultrapassa os R$ 23 bilhões apenas na fase inicial, o PAC Seleções destaca-se como uma peça central na estratégia do governo de fomentar o desenvolvimento infraestrutural do país. A diversidade dos projetos, que inclui desde a melhoria do saneamento básico até o fortalecimento da infraestrutura educacional e de saúde, reflete o compromisso do Executivo em atender as diversas necessidades da população brasileira.
Adicionalmente, o retorno do Programa de Aceleração do Crescimento, anunciado por Lula no ano passado, simboliza um esforço ambicioso do governo federal em promover investimentos em infraestrutura em todo o território nacional, com projeções que alcançam até R$ 1,7 trilhão em recursos aplicados em diversas áreas até o final da década.
A mobilização em torno do ajuste do teto de gastos, portanto, não apenas reflete uma estratégia econômica adaptativa diante de um cenário de arrecadação em ascensão, mas também reitera o compromisso do governo em maximizar o impacto dos investimentos públicos na qualidade de vida dos brasileiros, assegurando que o crescimento econômico se traduza em progresso social abrangente.
