O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aterrissou na Etiópia para uma agenda cheia de compromissos diplomáticos, incluindo sua participação na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, realizada em Adis Abeba. O evento, que acontece nesta sexta-feira (16) e sábado (17), simboliza não apenas a importância do continente africano no cenário global, mas também o prestígio do Brasil no âmbito internacional, especialmente considerando a recente inclusão da União Africana no G20, uma conquista apoiada pelo Brasil.
Essa viagem oficial, a segunda de Lula ao continente africano durante seu atual mandato, reflete o empenho do Brasil em fortalecer laços com nações africanas, seguindo uma visita anterior a três países da região. Além da presença na cúpula, a agenda do presidente inclui uma série de encontros bilaterais, marcando a visita como um momento significativo de diplomacia e diálogo entre líderes.
O convite para que o Brasil participasse do evento da União Africana, composta por 55 países, ressalta a posição de destaque do Brasil na esfera internacional, uma vez que tradicionalmente apenas líderes africanos são convidados. A presença de figuras globais como António Guterres, secretário-geral da ONU, e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, nas reuniões em Adis Abeba, amplia o alcance e a relevância das discussões, com expectativas de encontros produtivos envolvendo Lula.
Paralelamente, a visita ao Egito antes da cúpula africana sublinha o interesse mútuo em aprofundar relações bilaterais. Encontros com o presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, resultaram na assinatura de acordos nas áreas de ciência e tecnologia, bem como agricultura e pecuária, promovendo a cooperação técnica e a abertura de novos mercados para a exportação de carne bovina brasileira. Estes acordos refletem o compromisso dos dois países em fortalecer suas parcerias econômicas e científicas.
A visita de Lula à Etiópia, além de evidenciar o fortalecimento das relações diplomáticas do Brasil com o continente africano, celebra um século de laços diplomáticos com o Egito, reforçando o papel do Brasil como um ator chave no diálogo Sul-Sul e na construção de um mundo mais integrado e cooperativo.