Em uma recente declaração, o Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou uma visão inovadora para o crescimento industrial do Brasil, enfatizando a necessidade de expandir a atividade industrial para além das fronteiras tradicionais de Rio de Janeiro e São Paulo. Em uma entrevista concedida à TV Brasil nesta quarta-feira, Alckmin delineou uma estratégia de desenvolvimento baseada em quatro pilares fundamentais: inovação, sustentabilidade, foco exportador e aumento de produtividade.
Alckmin sublinhou a importância da agroindústria no contexto nacional, argumentando que o setor agrícola brasileiro, já reconhecido por sua competitividade global, está prestes a experimentar um boom significativo, especialmente com o avanço do segmento de biocombustíveis. “A adoção de biocombustíveis, como o etanol de cana e de milho, além de outras matérias-primas como mamona, girassol e dendê, representa uma oportunidade sem precedentes para a instalação de novas fábricas por todo o país,” afirmou, destacando também o aumento da mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%, o que impulsionará a demanda pelo produto.
Durante a entrevista, o vice-presidente relembrou iniciativas como o programa Brasil Mais Produtivo, que visa a digitalização e o salto tecnológico de micro, pequenas e médias empresas industriais, com investimentos previstos em R$ 2 bilhões para engajar cerca de 200 mil companhias até 2027. O programa focará em áreas como produtividade, gestão estratégica, otimização de processos e transformação digital.
Alckmin também destacou o potencial do Nordeste brasileiro, especialmente o Ceará, no aproveitamento de energias eólica e solar. “O Brasil, já líder mundial em energia limpa, caminha para uma nova era com o desenvolvimento do hidrogênio verde,” explicou, apontando para uma transição energética sustentável.
A entrevista abordou ainda o emergente mercado de carbono no Brasil, onde Alckmin vê o país como um protagonista global. “Com a implementação de um mercado regulado de carbono, indústrias que emitirem menos poderão beneficiar-se da venda de créditos de carbono, promovendo uma vantagem competitiva e incentivando práticas sustentáveis,” concluiu.
Esta visão de Alckmin reflete um compromisso com o fortalecimento econômico do Brasil, por meio da diversificação industrial, sustentabilidade e inovação, marcando um caminho promissor para o desenvolvimento econômico em 2024 e além.