Em meio ao retorno das atividades legislativas, com uma agenda carregada de medidas provisórias e projetos fiscais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a interdependência entre as ações do Congresso e a saúde econômica do Brasil. O ministro enfatizou que tanto o desempenho econômico quanto o estado das contas públicas estão intrinsecamente ligados às decisões tomadas pelo Legislativo.
Haddad avaliou que as crises enfrentadas pelo país na última década são fruto de tensões políticas mais do que de falhas econômicas, caracterizando a situação como uma sabotagem entre os poderes. Diante desse panorama, o ministro sublinhou a necessidade de uma atuação construtiva da política. “Meu otimismo com o Brasil está atrelado ao meu otimismo com a política”, afirmou, destacando a importância de uma colaboração harmoniosa entre os poderes para a estabilidade do país.
No que se refere às finanças públicas, Haddad foi categórico ao declarar que o Congresso tem a palavra final. “A definição do resultado primário, a aprovação do orçamento e a votação de leis fiscais estão nas mãos dos parlamentares”, explicou. Ele reconheceu que, embora seja responsabilidade do ministro da Fazenda estruturar e executar um plano de trabalho eficaz, são os membros do Congresso que determinam o nível de recursos destinados a emendas e políticas específicas, como os incentivos fiscais ao setor de eventos.
Durante sua participação no CEO Conference, organizado pelo BTG Pactual, Haddad reforçou a ideia de que a colaboração entre os poderes é fundamental para o sucesso econômico do Brasil, advertindo que a desarmonia pode ser prejudicial ao progresso do país.