Em uma recente onda de declarações políticas impactantes, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva causou agitação com seus comentários sobre o conflito na Faixa de Gaza. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climáticas (COP28), Lula descreveu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu como “extremista”. Além disso, ele apontou a reação de Israel aos ataques como “desproporcionalmente grave”.
Lula enfatizou a natureza singular do conflito entre Israel e o Hamas, categorizando-o não como uma guerra convencional, mas como um genocídio, ressaltando o elevado número de baixas civis, incluindo mulheres e crianças.
A reação da Confederação Israelita do Brasil (Conib) foi rápida e contundente. Em um comunicado, a organização lamentou as comparações de Lula, considerando-as falsas e potencialmente danosas, principalmente vindo de uma figura de autoridade como o presidente. A Conib apelou por mais serenidade e equilíbrio diante do aumento de incidentes antissemitas, tanto no Brasil quanto globalmente.
Essas declarações de Lula não são isoladas e já haviam gerado desconforto na comunidade judaica anteriormente, levantando preocupações sobre possíveis impactos nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel.
O Instituto Brasil Israel (IBI) também se pronunciou, lamentando a falta de equilíbrio e ponderação por parte do governo brasileiro. Segundo o IBI, tais acusações fortalecem extremistas e enfraquecem aqueles que buscam a coexistência pacífica entre israelenses e palestinos.
No cenário internacional, Lula tem buscado ativamente envolver-se em discussões sobre o conflito. Ele se encontrou com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e discutiu a questão dos reféns mantidos pelo Hamas. Herzog expressou nas redes sociais sua preocupação com as violações dos acordos de cessar-fogo pelo Hamas e a necessidade de priorizar a libertação dos reféns.
Além disso, em uma reunião com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, Lula abordou a liberação de um cidadão brasileiro ainda mantido pelo Hamas, agradecendo ao Catar pelo papel desempenhado na libertação de brasileiros anteriormente detidos na Faixa de Gaza.
Esses desenvolvimentos revelam um cenário complexo e multifacetado, no qual as palavras e ações dos líderes políticos podem ter repercussões significativas no palco diplomático internacional.