Carlos Fávaro, até então Ministro da Agricultura, optou por deixar seu cargo, como revelado na edição de quarta-feira (22) do Diário Oficial da União. O decreto, endossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, formaliza a saída de Fávaro, que retorna ao Senado para assumir um papel ativo em decisões legislativas significativas.
Este movimento estratégico de Fávaro ocorre em um momento onde o Senado debate assuntos de grande importância nacional. Entre eles, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa restringir os poderes individuais dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), cuja votação foi adiada para esta quarta-feira.
Além disso, assuntos econômicos relevantes também estão em pauta no Senado, com ênfase na regulamentação das apostas esportivas e na taxação dos super-ricos. Estas medidas são consideradas vitais para o cumprimento das metas fiscais do governo para o ano de 2024. Tais temas, que aguardavam nova análise após um breve adiamento, são agora prioridade na agenda legislativa.
A trajetória de Fávaro no cenário político inclui uma exoneração prévia em fevereiro deste ano, juntamente com outros ministros, para fortalecer o apoio aos candidatos do governo às presidências da Câmara e do Senado. A decisão atual marca não apenas um retorno ao Senado, mas também um reforço na bancada do governo para votações de grande impacto.
Fávaro, que foi eleito senador em 2020, assumiu o cargo interinamente desde abril do mesmo ano, após a cassação do mandato da ex-senadora Selma Arruda pelo TSE, por irregularidades em sua campanha eleitoral. A exoneração de Fávaro do Ministério da Agricultura, portanto, não é apenas uma mudança administrativa, mas um reposicionamento estratégico em um momento chave para a política nacional.
