Em um cenário de variações e reações, o dólar finalizou sua cotação em queda, posicionando-se a R$ 4,9896, representando um decréscimo de 0,23%. Contrapondo a tendência da moeda americana, o Ibovespa, ícone do mercado acionário brasileiro, apresentou um crescimento notável de 1,73%, finalizando a 114.777 pontos.
Ao longo do dia, investidores estiveram atentos às sinalizações do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano e às recentes atualizações do IPCA-15, um indicador antecedente da inflação oficial brasileira. Além disso, resultados corporativos também estiveram em voga no mercado financeiro.
Contexto Internacional: A performance do PIB dos Estados Unidos desempenhou um papel crucial na tomada de decisões. Com uma elevação anual surpreendente de 4,9% no terceiro trimestre, superou as expectativas e a progressão de 2,1% do segundo trimestre. De acordo com William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, esse robusto crescimento consolida a previsão de uma taxa de juros elevada nos EUA por um período extenso.
Juros elevados têm implicações significativas no consumo, encarecendo o crédito. O mercado expressa preocupações quanto a um potencial desaquecimento da economia dos EUA no próximo trimestre, considerando diversos fatores como o fortalecimento do dólar e o término da estação de férias.
Panorama Nacional: No Brasil, o IPCA-15 apresentou um crescimento um pouco mais acelerado do que o previsto, mas ainda assim mostrou uma redução em comparação ao mês anterior, gerando otimismo entre os investidores.
Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, enfatizou a necessidade de a inflação manter um ritmo de convergência com as metas estabelecidas, especialmente considerando os recentes cortes na taxa Selic, que atualmente se encontra a 12,75%.
Com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no horizonte, o mercado permanece atento às possíveis novas diretrizes e estratégias.