Após Redução da Selic, Brasil Perde o Título de Maior Taxa de Juros Reais do Mundo

Em um movimento que ecoa pelo cenário econômico global, o Brasil viu seu posto de líder na lista das maiores taxas de juros reais do mundo ser retirado, após o mais recente corte na taxa básica de juros. A decisão foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nesta quarta-feira, dia 20.

A redução, correspondente a 0,50 ponto percentual (p.p.), levou a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano.

Com essa mudança, o Brasil cedeu a primeira colocação para o México, conforme a lista que avalia as 40 principais economias do mundo. A pesquisa, mensalmente conduzida pelo economista Jason Vieira, é divulgada na plataforma MoneYou.

Os juros reais são calculados levando em consideração a taxa de juros descontada da inflação, e essa medida tem um impacto mais significativo na economia do que a taxa bruta em si.

Agora, com a Selic estabelecida em 12,75%, os juros reais brasileiros alcançaram 6,40%, situando-se logo atrás do México, que registra 6,61% nesse quesito.

Em seguida, na lista dessas duas nações, vêm a Colômbia e a Hungria, que ostentam taxas de juros reais de 5,10% e 5,05%, respectivamente.

Para realizar o cálculo, são considerados tanto a inflação quanto as projeções de juros futuros, estimadas pelo mercado para um período de 12 meses adiante. Isso porque a tendência dessas duas variáveis é o fator que, de fato, influencia o curso da economia e as decisões do Banco Central (BC) em relação à Selic.

No caso da taxa brasileira, a metodologia empregada utilizou a inflação projetada para os próximos 12 meses, conforme dados coletados pelo Boletim Focus, do Banco Central, que indicava um valor de 4,10%.

Os juros utilizados no cálculo foram baseados na taxa de juros DI com vencimento em outubro de 2024, a data mais próxima com o maior volume de negociações.

Relacionados

error: O conteúdo está protegido.