No plenário virtual, a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já se posicionou contra o recurso apresentado pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol, do Podemos-PR.
Cenário no TSE
Em um panorama onde o relator Benedito Gonçalves é acompanhado pelos votos de Alexandre de Moraes, Cármem Lúcia, Raul Araújo e Ramos Tavares, a decisão anterior da corte pela cassação da candidatura e a consequente perda de mandato de Dallagnol parece ser mantida.
No entanto, os ministros Nunes Marques e Floriano de Azevedo ainda não registraram seus votos.
A sessão de julgamento, ocorrendo de maneira virtual, está prevista para se estender até 14 de setembro.
Entenda o Caso
Em maio, o ex-coordenador da Lava Jato enfrentou a cassação de seu registro de candidatura.
O TSE interpretou que Dallagnol solicitou exoneração de seu cargo como procurador da República com o intuito de evitar um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Essa decisão poderia barrá-lo nas eleições de 2022. Dessa forma, os ministros enxergaram uma tentativa do então candidato de burlar a aplicação da lei.
Recursos e Alegações
Naquele período, a Federação Brasil Esperança, coalizão formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, impugnou a validade da candidatura de Dallagnol.
O grupo contestou a resolução da Justiça Eleitoral do Paraná, que havia autorizado a candidatura do ex-procurador da República.
No mês seguinte, a defesa do ex-deputado requisitou a suspensão da decisão do TSE.
Argumentou-se que o veredicto baseava-se em suposições e não em fatos concretos sobre procedimentos administrativos em andamento.
Resultado nas urnas
Apesar dos embates judiciais, em 2 de outubro de 2022, Dallagnol foi eleito deputado federal pelo Paraná, conquistando a confiança de mais de 344 mil eleitores.
Com esse resultado, ele não apenas liderou as votações para o cargo nesse pleito, mas também alcançou a segunda maior votação da história do estado para a posição.