No segundo trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ostentou o quinto maior crescimento dentre os países integrantes do G20, de acordo com a análise da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A economia brasileira, a mais robusta da América do Sul, registrou um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, conforme dados revelados na última sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.
Dentre os notáveis desempenhos da lista, destacam-se a Indonésia, que experimentou um notável crescimento de 3,9%, e a Turquia, com um salto de 3,5%, após a realização das eleições presidenciais em maio do mesmo ano.
Os Estados Unidos, a maior economia mundial, testemunharam um incremento de 2,1%, impulsionado, sobretudo, pelo aumento dos gastos dos consumidores e pelo investimento empresarial, como atestam os especialistas.
A China e o Japão também figuraram entre os países que registraram crescimento, com altas de 0,8% e 1,5%, respectivamente.
Por outro lado, algumas economias apresentaram contração, incluindo a Arábia Saudita, com uma retração de 0,1%, e a Itália, que experimentou uma queda de 0,4%.
O economista Fernando Barros Jr, professor da Universidade de São Paulo, destaca o desempenho positivo do Brasil no contexto econômico do G20. Para ele, enquanto a maioria dos países do G20 adotou políticas contracionistas para conter a inflação, o Brasil manteve uma sólida execução de sua política monetária, resultando no controle da inflação.
Fernando também observa que uma parte significativa do crescimento econômico brasileiro é impulsionada pelo setor de serviços, que sofreu consideráveis impactos durante a pandemia. “Era esperado que esse setor se recuperasse gradualmente após a flexibilização das restrições de mobilidade”, concluiu o economista.