A Dívida Pública Federal (DPF) registrou uma diminuição de R$ 49,24 bilhões em julho, totalizando R$ 6,14 trilhões, de acordo com informações divulgadas pelo Tesouro Nacional na terça-feira (29).
Isso representa uma queda de 0,8% em comparação com o mês de junho.
A DPF é composta por títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional com o objetivo de financiar o déficit orçamentário do governo federal, que ocorre quando as despesas superam as receitas.
Segundo o relatório do Tesouro, a redução foi principalmente devido ao grande volume de resgate líquido de títulos emitidos, que foi de R$ 92,68 bilhões.
Detalhes da Emissão e Resgate de Títulos
Em julho, o valor total de títulos emitidos foi de R$ 134,4 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 227,08 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais, teve seu estoque reduzido em 0,74%, passando de R$ 5,95 trilhões para R$ 5,91 trilhões.
Essa redução foi devido ao resgate líquido de R$ 89,86 bilhões, que foi parcialmente compensado pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 45,70 bilhões.
Redução na Dívida Externa
Além disso, o estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), que é a parte da dívida denominada em moeda estrangeira, diminuiu 2,17% em relação ao mês anterior, encerrando julho em R$ 228,96 bilhões.
Desse total, R$ 192,07 bilhões correspondem à dívida mobiliária e R$ 36,89 bilhões à dívida contratual.
Roberto Lobarinhas, coordenador de operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, enfatizou que “todos os papéis contribuíram” para a redução no custo médio de emissões da DPMFi.
Cenário Econômico em Agosto
No relatório divulgado, o Tesouro Nacional também comentou sobre a situação econômica em agosto, indicando que o mês foi marcado por uma maior aversão ao risco, com quedas nas bolsas de valores e aumento nas taxas de juros.
De acordo com o documento, dados mais fracos do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos e na Europa trouxeram certo alívio, mas o mercado continua a precificar um cenário de taxas de juros mais altas por um período mais prolongado.