Neste domingo (13), morreu mais uma pessoa no incêndio florestal que assola o Havaí desde terça-feira (8). No total, o desastre ceifou 93 vítimas. O incidente se trata do mais letal e grave em um século nos EUA.
Até o momento as chamas consumiram mais de 800 hectares em duas ilhas e originaram a saída de milhares de pessoas da ilha do Mauí. Por enquanto, apenas uma parte da área queimada pode receber buscas da equipe de resgate.
A Agência de Gestão de Emergências do Havaí informou que o calor das chamas é tão elevado que prejudica a identificação dos corpos resgatados. Testes de DNA estão sendo feitos com os familiares para identificar as vítimas.
Ainda não se sabe a causa exata que provocou o incêndio de alta magnitude na região, mas o episódio ocorreu após registros de ondas de calor recorde nos EUA e incêndios florestais no Canadá.
O tempo seco e os ventos fortes que atingem a região certamente contribuíram para o alastramento e a voracidade do incêndio.
2023 sem limites: o início de uma nova era?
O desastre no Havaí ocorreu após a ONU alertar em junho que a Terra se encontra em uma era de “fervura global”.
A declaração ocorreu após a constatação que junho foi o mês mais quente da história no planeta.
Foi-se registrado 0,5 graus Celsius acima da média verificada no período 1991-2020. Ela superou o recorde anterior registrado em 2019. A temperatura média em junho foi de 16,51 °C
Ondas de calor na Europa
Os europeus sentiram literalmente na pele os efeitos do mês mais quente da história. O verão no velho continente foi marcado por alertas vermelhos, incêndios florestais e fechamentos de atrações turísticas devido ao calor escaldante.
Ondas de calor são consideradas fenômenos normais, porém o que tem se avaliado é que essas ondas estão se tornando mais frequentes pelo globo, mais intensas e prolongadas.
E a principal causa dessa mudança no clima está diretamente relacionada ao aquecimento global.
Por isso, António Guterres, atual mandatário da ONU, fez um apelo às autoridades mundiais em seu comunicado sobre o recorde de calor superado em junho: “São necessárias ações urgentes”.
Maior tragédia florestal em 100 anos
Este incêndio no Havaí é o mais letal desde 1918, ocasião em que mais de 400 pessoas morreram em Wisconsin e Minnesota.
O governo do Havaí informou que o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas. A gestão de Josh Green, a propósito, está lidando com uma de suas piores crises, pois a condução do enfrentamento das chamas está sendo alvo de críticas pelos moradores.
A principal queixa nos primeiros dias de incêndio foi a respeito da falta de alertas sobre a chegada do fogo nas regiões habitadas.
Anne Lopez, procuradora geral do Havaí, entrou com um pedido de abertura de investigação sobre a gestão da crise.
Green saiu em defesa do trabalho realizado até aqui, relatando as dificuldades de administrar a crise devido à simultaneidade dos incêndios que se sucederam.
Fontes
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1d75g1np4no
Relatório anticópia