Um caso que está dominando as atenções dos australianos é o do almoço de uma pequena família em Leongatha que acabou tragicamente.
Dos cinco que estiveram à mesa para um almoço familiar, 3 morreram em questão de dias e 1 se encontra em estado grave. Apenas a mulher que se encarregou de preparar a refeição continua viva. A polícia suspeita de envenenamento por cogumelos silvestres.
O caso ocorreu há duas semanas e só agora veio a público depois dos desdobramentos macabros que o episódio desencadeou.
Um típico almoço de família
A história começa quando o casal Gail e Don Patterson visita sua nora, Erin Pattersen, na cidade de Leongatha, cidadezinha a sudoeste de Melbourne. Eles estavam acompanhados da irmã de Gail, Heather, e seu marido, Ian.
Como era de se esperar, as visitas foram convidadas pela dona da casa para compartilharem uma refeição.
Mas horas depois do almoço, todos os convidados foram parar no hospital. Inicialmente eles pensaram que estavam sofrendo de gastroenterite grave, mas o quadro se agravou e foram transferidos para um hospital em Melbourne para serem submetidos a exames minuciosos.
Dias depois do almoço, Gail e Don faleceram, seguidos por Heather, de 66 anos.
Ian se encontra hospitalizado em estado grave e a espera de um transplante de fígado.
A polícia suspeita que eles foram intoxicados por cogumelos da família Amanita phalloides, vegetal letal se consumido.
Erin nega o envenenamento
O que torna essa história mais macabra é que Erin, a anfitriã, não passou mal depois do almoço. Nem ela e seus filhos. Ela alega que as crianças consumiram refeição diferente. Seus filhos foram encaminhados para tutela do estado como precaução.
Erin negou que tenha envenenado os familiares, disse que jamais faria mal a eles, pois amava sua família. Ao ser questionada sobre o que teria ocorrido, não soube responder.
Dean Thomas, do departamento de Esquadrão de Homicídios, declarou que as mortes, por enquanto, são inexplicáveis. Não descartou a inocência de Erin, mas disse que ainda não é possível ter certeza.
Envenenar comida é tática antiga de guerra
Ainda não é possível afirmar que a comida foi envenenada ou era venenosa, mas o fato é que a comida posta a mesa não estava própria para consumo humano.
Esse tipo de situação é um ardil muito antigo em contexto de guerra. Nas guerras médicas, por exemplo, em 500 a.C., o rio Pleistos, que fornecia água potável para a cidade de Kirra, foi envenenado por militares gregos contra os persas.
No século XIV, durante as guerras italianas, novamente se usou do expediente de envenenar fonte de água potável. Dessa vez pelos soldados de Florença contra a cidade de Verona.
Há suspeita que grandes figuras históricas foram vítimas de envenenamento, como Alexandre O Grande. Segundo Plutarco, Alexandre caiu de cama com uma forte febre duas semanas antes de sua morte. Na ocasião, ele tinha passado dias bebendo.
A morte de Napoleão também é envolta de mistério. Muitos acreditam que ele foi envenenado por adversários.
Fontes