Lula, ex-presidente do Brasil, prometeu uma abordagem inovadora e equilibrada para a gestão da Amazônia durante um discurso recente em Parintins (AM).
“Nosso objetivo não é transformar a Amazônia em um santuário intocável”, afirmou.
Ele enfatizou a importância de proteger não apenas a rica biodiversidade da região – seus rios, flora e fauna – mas também os habitantes da região.
A ênfase de Lula na ilegalidade no contexto da conservação foi evidente quando ele declarou: “Não toleraremos ou permitiremos mineração ilegal em terras públicas, nem exploração madeireira ilícita”.
Ele ressaltou que a rica herança da Amazônia, incluindo suas árvores seculares, não pertence a ninguém em particular, mas à humanidade como um todo.
Os Próximos Passos: A Cúpula da Amazônia
Lula, que participará da Cúpula da Amazônia em Belém (PA) nos dias 8 e 9 de agosto, espera unir esforços com representantes dos oito países que compartilham a floresta amazônica.
Além desses, as nações detentoras das maiores florestas tropicais do mundo, como Indonésia, República Democrática do Congo e Congo Brazzaville, também foram convidadas, juntamente com a França, devido à sua jurisdição sobre a Guiana Francesa.
A cúpula visa fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) e estabelecer uma posição unificada entre os países em desenvolvimento com reservas florestais.
Além disso, uma proposta para uma declaração conjunta dos estados, conhecida como Declaração de Belém, está em análise pelos participantes do evento.
Visão Futura: Preparando-se para a COP 30
A Cúpula da Amazônia é vista como um precursor da COP 30, que será realizada em Belém em novembro de 2025.
Alessandro Azzoni, economista e advogado, explicou: “Esta cúpula é como um ensaio para a COP 30, que o Brasil sediará em 2025”.
Ele observou que Lula busca restabelecer um diálogo regional para fortalecer a cooperação entre governos e sociedade civil na defesa da sustentabilidade da Amazônia.
