O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União-BA), reiterou sua demanda por inquéritos e documentos confidenciais atualmente em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em ofício encaminhado na última quinta-feira, Maia apelou ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações no tribunal.
O ministro Moraes, contudo, parece inclinado a compartilhar as informações solicitadas apenas após a finalização das investigações em andamento.
Investigações incluem dados do ex-presidente Jair Bolsonaro
A lista de pedidos da CPMI inclui dados extraídos do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A apreensão do dispositivo ocorreu durante a Operação Venire, uma iniciativa da Polícia Federal com a finalidade de investigar possíveis fraudes relacionadas a cartões de vacinação contra a Covid-19.
Adicionalmente, o documento solicita acesso a oito inquéritos ligados a ações golpistas em Brasília, além da identificação, incluindo nome e CPF, de indivíduos investigados em outros cinco processos confidenciais.
Demanda por evidências adicionais
Maia não parou por aí, ele também solicitou cópias de laudos e análises forenses da Polícia Federal relacionadas a vídeos de segurança dos prédios dos Três Poderes durante o período de invasões.
A CPMI deseja, igualmente, obter dados retirados dos celulares de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do ex-major do Exército Ailton Barros.
Ambos estão atualmente detidos por suposta participação no esquema de fraudes a cartões de vacinações.
No entanto, mensagens interceptadas durante a investigação sugerem que ambos discutiram a execução de um golpe de Estado via WhatsApp.
A ministra Rosa Weber havia negado uma tentativa anterior da comissão de acessar esses documentos.
Em resposta à nova solicitação, Maia assegurou que, se concedido acesso, os arquivos seriam mantidos em segurança na ‘sala-cofre’ da comissão.