Em recente pronunciamento à mídia internacional no Palácio do Planalto, o Presidente da República expressou esperança na decisão, já tardia, segundo ele, do Comitê de Política Monetária (Copom) em diminuir a taxa de juros.
“A decisão que aguardamos é aquela que já deveria ter sido tomada há três reuniões, a redução da taxa de juros, cuja falta de ação até agora carece de justificativa. Esperamos ver o que acontecerá”, declarou o chefe de Estado.
Presidente do Banco Central na mira de críticas do chefe de Estado
Ainda em sua fala, o mandatário direcionou críticas contundentes ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Segundo a perspectiva do Presidente, Campos Neto não estaria atuando em favor dos interesses brasileiros, visto que o país enfrenta atualmente a maior taxa de juros real em todo o mundo, sem qualquer esclarecimento plausível.
“Infelizmente, este indivíduo à frente do Banco Central parece não ter conhecimento profundo do Brasil e de seu povo. É um tanto desconcertante, não consigo determinar a quem está realmente servindo. Seguramente, não está voltado para os interesses do Brasil”, afirmou o presidente.
Perspectivas de queda da taxa de juros Selic
A taxa básica de juros da economia brasileira, estagnada no mais alto nível em seis anos desde agosto de 2022, está prevista para começar a diminuir a partir desta quarta-feira.
Segundo previsões do setor financeiro, o segundo dia de reunião dos diretores do Banco Central poderá marcar o primeiro corte da taxa Selic em três anos.
Cenário futuro para a taxa de juros
Depois que a primeira redução for efetuada, analistas projetam mais três diminuições de 0,5 ponto percentual nos juros básicos para os meses de setembro, novembro e dezembro.
Se confirmada essa tendência, a Selic estará a 12% ao ano no início de 2024. De acordo com as projeções, essa tendência de queda deverá continuar em 2024 (9,25% ao ano), 2025 (8,75% ao ano) e 2026 (8,5% ao ano).