Lula lança isca de salário: Polícia deserta bolsonarismo?

Na sequência dos chocantes ataques de 8 de janeiro, associados do presidente Lula revelaram o que parecia ser uma operação organizada por uma facção das Forças Armadas.

Mais preocupante ainda, alegaram uma indiferença e negligência intencionais por parte da polícia, que ficou em silêncio em vez de intervir nos ataques aos centros dos três poderes do governo em Brasília.

No meio da destruição, militares foram vistos em interações sociáveis com os manifestantes. Outros pareciam operar com completa letargia, sem fazer esforços para deter os invasores.

Esta situação reforçou a suspeita dos aliados de Lula de que as forças policiais permaneciam leais a Jair Bolsonaro, levando à necessidade de estender um galho de oliveira.

Incremento Salarial Policial: Uma Estratégia de Reconciliação

Em resposta, o círculo próximo de Lula propôs que o governo deveria atender à antiga demanda por um aumento de salário para a categoria – um gesto claro de apaziguamento.

O principal proponente dessa ação foi Ricardo Capelli, que já havia intervindo na segurança pública do Distrito Federal e tentou se aproximar das forças policiais.

A Polícia Militar do Distrito Federal é a segunda mais bem remunerada do país, com um soldado ganhando em média R$8,5 mil por mês, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública publicados no ano anterior. Em comparação, em Goiás – o estado mais bem pago – um soldado ganha R$9,3 mil.

Aprovação do Aumento Salarial: Uma Decisão Surpreendente

Apesar dessas cifras, o governo federal se rendeu ao apelo por um aumento e concedeu um acréscimo salarial de 18% aos policiais militares, civis e bombeiros do Distrito Federal.

O aumento salarial foi aprovado pelo Congresso e, na quarta-feira, dia 19, foi implementada uma medida provisória para facilitar o pagamento do novo salário em duas parcelas – a primeira imediatamente e a segunda em janeiro do próximo ano.

A Polícia Militar do Distrito Federal foi alvo de uma atenção especial do governo federal, sendo vista como um termômetro para as demais forças policiais do país.

“Elas estão interligadas no Brasil. Se a PM do Distrito Federal estiver desestabilizada, há impacto em todo o país”, observa um alto funcionário do governo.

Próximos Passos: Direcionando Emendas para a Segurança

O próximo movimento parece ser o incentivo aos parlamentares de esquerda para que adotem táticas semelhantes às utilizadas pelos aliados do ex-presidente Bolsonaro.

A ideia é direcionar as emendas para a segurança, garantindo equipamentos e investimentos em projetos prioritários.

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