O FedNow, aguardado sistema de pagamento instantâneo dos EUA, deu início às operações nesta quinta-feira (20).
Lançado pelo Federal Reserve (FED), a ferramenta, anunciada oficialmente em 2019, opera em modelo similar ao bem-sucedido PIX brasileiro, inclusive uma empresa brasileira foi encarregada de gerir o sistema.
O FedNow será implementado por etapas. Na fase inicial, poderá ser aplicado por 35 instituições financeiras e por setores do Departamento do Tesouro.
A novidade trará uma vantagem significativa, pois permitirá que os usuários realizem transferências bancárias a qualquer momento e dia da semana.
Atualmente, os norte-americanos dependem de um modelo de pagamentos operante apenas nos dias úteis e pode levar vários dias para disponibilizar o dinheiro.
Com a chegada do FedNow, essa realidade tende a mudar e proporcionar mais agilidade e praticidade nas transações financeiras.
Apesar do entusiasmo gerado pela estreia do sistema, o Fed esclarece que ainda não há um prazo definido para que todos os cidadãos tenham acesso ao FedNow.
No entanto, a iniciativa representa um passo importante para modernizar o setor financeiro do país.
Com a tecnologia, a expectativa é aumentar a eficiência nas transações e acompanhar o ritmo das inovações tecnológicas que têm transformado o cenário global de pagamentos.
PIX é invenção brasileira?
O modelo de pagamento digital instantâneo estruturado e adotado no Brasil é elogiado no exterior e já serviu de inspiração para diversos países.
Apesar de ter sido lançado no Brasil no segundo semestre de 2020, a sua criação começou a ser gestada em 2018. Foi durante a gestão do ex-presidente do Banco Central Brasileiro (BCB), o economista Ilan Goldfajn.
A equipe econômica do BCB se inspirou na startup Zelle, que lançou nos EUA uma plataforma de transferências rápidas em 2016.
O propósito do desenvolvimento desse sistema de pagamento era modernizar a operação das transações financeiras e reduzir a circulação de papel-moeda.
Na época de seu lançamento, o BCB anunciou o PIX como uma proposta inovadora que permitiria pagamentos e transferências com um toque simples no smartphone.
Após um período de experimentos, o sistema foi lançado no segundo semestre de 2020.
Em cinco meses de funcionamento, o PIX era usado por 73 milhões de pessoas físicas e jurídicas.
Porém…
Não confunda o sistema de pagamento do PIX com o modelo carteira digital. O PIX se utiliza dessa mecânica de pagamento, mas não é pioneiro em seu uso.
A carteira digital foi criada pela até então startup Paypal em 1998.
A empresa desenvolveu um sistema de transferência de dinheiro eletrônico em que bastava cadastrar um e-mail para operar o sistema.
Mas era necessário inserir dados bancários para concluir a operação.
O PIX trata-se da evolução desse sistema que surge na esteira do modelo Open Banking. Ele aglutina num código (chave) as informações necessárias para realizar as transações se valendo da abertura e integração de sistemas bancários e compartilhamento de dados.
Fontes
https://paysmart.com.br/a-evolucao-dos-meios-de-pagamento-onde-chegamos-parte-ii/
https://www.mobills.com.br/blog/educacao-financeira/quem-criou-o-pix/