Brasil e Argentina discutem a criação de uma moeda comum para transações financeiras e comerciais, de acordo com um artigo coescrito pelos presidentes dos países, Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández, no jornal argentino Perfil. A proposta, chamada de “Sur”, surgiria no momento em que a Argentina enfrenta alta inflação e o Brasil deve registrar crescimento abaixo de 1% em 2023.
A ideia é conter a influência do dólar na região, e outros países da América Latina, como Uruguai e Paraguai, podem se juntar ao plano. A União Europeia tem acordos de livre comércio com vários países da América Latina, incluindo o Mercosul, mas há preocupações com a questão ambiental no Brasil.
No entanto, com o novo posicionamento do governo federal e a recriação do Fundo da Amazônia, há esperança de que essas preocupações possam ser mitigadas e que um acordo bilateral entre os dois blocos econômicos possa ser retomado.
A proposta de moeda comum entre Brasil e Argentina também pode ser vista como uma forma de aumentar a cooperação econômica e política para o desenvolvimento econômico e social sustentável na América Latina.
Nesse contexto, a reindustrialização também é mencionada como uma prioridade nas economias dos dois países, com a geração de emprego de qualidade e investimentos em inovação. A integração entre as cadeias produtivas também é vista como uma forma de mitigar o impacto de crises externas, como as causadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.
A criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina é uma ideia que já foi discutida há décadas, mas que enfrentou obstáculos políticos e econômicos. No entanto, com a atual situação econômica dos dois países e a busca por diminuir a dependência do dólar, a proposta pode ganhar força e ser implementada.
A moeda comum, batizada de “Sur”, funcionaria inicialmente em paralelo com o real brasileiro e o peso argentino, principalmente nos fluxos financeiros e comerciais, e outros países da região seriam convidados a aderir posteriormente.
Países como Uruguai e Paraguai, que fazem parte do Mercosul, possivelmente entrariam no plano, assim como outras grandes economias regionais, como Venezuela, Colômbia e Chile. A adesão do México é menos provável, mas não descartada. A proposta foi divulgada um dia antes da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcando o retorno do Brasil ao grupo formado por mais de 30 países do continente.
Existem benefícios, mas na prática pode não ser bem assim
A criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina teria vários benefícios para a região. Um dos principais seria a estabilidade financeira, pois a moeda comum teria uma taxa de câmbio fixa em relação ao dólar, o que ajudaria a diminuir a volatilidade cambial e a reduzir o risco de crises financeiras.
Além disso, o Sur também poderia ajudar a aumentar o comércio entre os dois países e entre os países da região, pois as transações comerciais poderiam ser feitas com uma moeda estável e previsível, o que facilitaria as negociações.
Outro benefício seria aumento do comércio entre países da região, pois as transações comerciais poderiam ser feitas com uma moeda estável e previsível, o que facilitaria as negociações e o investimento. Além disso, a moeda comum também poderia ajudar a aumentar a cooperação econômica e política entre os países da América Latina, criando uma base sólida para o desenvolvimento econômico e social sustentável na região.
No entanto, é importante notar que a criação de uma moeda comum também traz desafios e desvantagens, como a necessidade de uma política fiscal e monetária coordenada entre os países, e a necessidade de ajustar as economias dos países para se adequarem a essa nova moeda. Além disso, a adesão de outros países a essa moeda comum pode ser complicada e requerer uma série de negociações e acordos.
Em resumo, a proposta de criação do Sur entre Brasil e Argentina é uma ideia que já foi discutida há décadas e tem o potencial de trazer benefícios para a estabilidade financeira e para o comércio entre os países da América Latina.
No entanto, essa proposta de implantação do Sur também traz desafios e desvantagens, como a necessidade de uma política fiscal e monetária coordenada e ajustes nas economias dos países envolvidos. Ainda é cedo para saber se essa proposta será implementada e quais serão os desafios e benefícios reais, mas é importante continuar acompanhando e discutindo essa ideia.
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